quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Ano Novo, Vida Nova


Vida nova… Mas será vida melhor? Fico revoltado com o estado em que as coisas se encontram neste momento e envergonho-me de pertencer a uma geração que começou a “aprender” que sem tabaco e sem álcool não há festa.
E se eu falo da minha geração, devo mencionar as que se seguem. As pessoas que hoje em dia mais “ocupam” as ruas são jovens entre os 14 e os 16 anos. São jovens miúdos, a quem nunca se negou nada, jovens que têm nos seus, não ícones que devem ser respeitados, mas fontes de dinheiro para ser gasto em “produtos” que os façam felizes.
Felizes? Não! E tenho pena deles. Falam em “curtir a vida”, mas não fazem a mínima ideia do que é a vida. São irresponsáveis, barulhentos e estão sempre com o cio.
As Gajas (raparigas) apresentam-se de saias curtas ou calças justas, de preferência com meio rego de fora (como um talho que mostra a carne aos seus possíveis clientes) e com decotes bastante generosos.
Os rapazes, em tempos os mais conservadores e mais recatados, conseguem a proeza de passar uma noite inteira numa espécie de dança de acasalamento, na esperança que uma fêmea (de preferência bêbeda) caia na armadilha. Isto, sem nunca esquecer as magníficas ceroulas à mostra. A partir daí, é vê-los a rebolar e a comerem as línguas uns dos outros, e sugando como se chupassem as entranhas daquele desconhecido ou desconhecida pela sua goela.
Atenção! Nada disto seria possível sem o álcool. Este sim, o Rei da festa, o venerado que hoje em dia se faz acompanhar pela Rainha: a Droga. O recurso a estes produtos psicotrópicos é cada vez maior e estes são a base da vida de uma sociedade que começa a corromper-se a si própria. Boa Sorte!
Mas atenção, se estes elementos estão presentes em todo o lado, a verdade é que em Portugal, não existe qualquer tipo de controlo em relação à venda de álcool a menores (pelo menos de 18 anos, e não o digo por já os ter completado). Outro dos cúmulos, é serem feitas observações do género: “aquele ali não fuma nem bebe, coitado!”, pois talvez esse seja o coitado que mais tarde se estará a rir.

Peço desculpa aos que não fazem parte do grupo acima descrito e que ainda têm cabeça e pensam, mas a verdade é que foi esta visão de um mundo de Drogas, Tabaco, Bebidas Alcoólicas e Putice que me deixou agoniado no dia 1 de Janeiro do presente ano de 2009 e que mais uma vez me fez duvidar do futuro da sociedade “civilizada”.

3 comentários:

Á disse...

Para ti tambem.

Anónimo disse...

completamente verdade o que disseste... nesta passagem de ano os "putos" pareciam que faziam fila para serem acudidos pelo inem... como aquele que eu vi à beira de s.Bento:
Enfermeiro - "Como te chamas?"
Puto Bêbado - "aahh... veja aí no meu BI, tá no bolso da frente..."

lol...

Anónimo disse...

Muito bem, simplesmente fenomenal o tipo de analogia que fazes de actual "Geração", que por muitos já é designada como sendo a "Geração Rasca", por que será? Certamente devido a atitudes ou actos, tal como descreveste, que vêem trazer consequencias não só para os "praticantes" dessa "Geração Rasca" como também para todos aqueles nela inserida, que simplesmente nasceram nesse periodo, terão que suportar e de carregar a fama de ser membro da "Geração Rasca". Pessoalmente acho que todos nós nascemos como Seres "ESPECIAIS E UNIDOS" (para quem desconheça este é o significado da palavra "EU") e só de nós depende a que geração pertencemos, não dizendo com isto que nos temos de isolar do mundo exterior da nossa sociedade, mas pensando bem podemos pertencer a qualquer sociedade sem nunca termos de "violar" os nossos principios ou o nosso caracter. A diversão é um sentimento unico, que desencadeia uma imensidão de sentimentos tudo em prol do bem-estar pessoal, onde não necessita de nenhum meio de transporte (nomeadamente bebida, drgoas,etc...) A diversão é gratuita usa-a mas não abuses dela.
Um grande abraço Jorge do teu primo Marco, e segue em frente com o teu blog, pois simplesmente está fenomenal.