Veio a puberdade. Veio a adolescência, os amores, os desamores, os amigos, as amigas, os íntimos, os colegas.
Chegou a idade adulta, a maturidade, a responsabilidade, a consciência. Tendemos a afastar-nos da protecção CERTA, procuramos o desconhecido, as aventuras, procuramos distribuir a outros aquilo que nos deram a nós: o carinho, a amizade, o amor. Procuramos ser responsáveis, procuramos ajudar. Somos invencíveis, intocáveis. Estamos no topo do mundo e ninguém nos pode parar.
E quando tropeçamos? Quando caímos? Quando nos ferimos? Seja porque aconteceu, porque nos rasteiraram, porque puxamos demasiado, seja pelo que for. Agora que somos os "protectores", quem nos vai proteger a nós? Os amigos? Talvez. A namorada? Talvez. Os Pais? SEMPRE.
Dou-me por feliz porque os tive sempre comigo (não acontece a todos, infelizmente), porque os tive juntos, porque tive (e tenho) um lar.
Sei que desperdicei tempo e recursos que estes dois Mestres me deram. Sei que vi o que queria ver e usei o que quis usar! Será que havia mais? Tenho a certeza que sim.
Os laços de sangue, o ADN, nada disso faz diferença. A diferença está no ambiente. Os meus pais apoiam-me quando os amigos falham, quando não há mais ninguém. Eles estão lá. Eu sei. Estou numa fase de afastamento e penso que talvez nunca tenha estado perto o suficiente. Eu sei.
Fico em baixo se os desiludo, se por alguma razão (e sem intenção) descarregam à mínima faísca. Fico em baixo se percebo que algo está mal, embora não mo digo (têm que nos proteger e a ignorância é a resposta para isso).
Mas sei que fico feliz, fico bem, quando os faço sorrir, quando os vejo depois de alguns dias de ausência, quando se preocupam, quando me lembram que estão lá, mesmo que o abismo esteja perto, quando me relembram que são, indubitavelmente, as pessoas mais importantes deste mundo.
Muito obrigado aos dois. Deram-me o que tinha e mais ainda. Fizeram de mim o homem que sou e continuam a apoiar-me em tudo.
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