segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Chegou cansado e aproximou-se dela. Era já tarde e ela dormia. Debaixo dos finos lençóis brancos, ela relembrava-lhe toda a magia que o haviam feito escolher aquela rapariga para ser sua. A sua suavidade, a sua sensibilidade, a sua calma e paz interior.
Para ele acabava um ciclo de dias duros, dias sem descanso, dias sem a ver. Para ela, era o fim de momentos de solidão à espera dele, o fim de noites de insónias, o fim de noites em que adormecia sozinha e de manhãs em que acordava sem ninguém a seu lado.
Ele sentou-se na cama, e nesse momento ela abriu os olhos. Ele viu nela aquele sorriso que o derretia. E como que por magia, ela disse-lhe umas palavras, algo simples, mas que para ele foi o mais significativo de todos os discursos. Chorou ao olhá-la. Ela, sem libertar uma lágrima, sem nada lhe perguntar, entendeu o que se passava, e com um pequeno gesto convidou-o a deitar-se junto dela. Ele assim o fez, e mesmo sem ter adormecido sentiu-se restabelecido e reconfortado.

2 comentários:

Cristiana Felgueiras disse...

As pessoas não se escolhem, encontram-se.
:)

Marta disse...

"A luz dos olhos meus
Já não pode esperar
Quero a luz dos olhos meus
Na luz dos olhos teus..."
(quando li o post lembrei-me desta música :))

É uma história muito bonita, parabéns! Por vezes um olhar vale mais que mil palavras...