Olhei lá para fora e vi o mundo sem ti. Nesse mesmo instante desviei o olhar e decidi não mais olhar.
No entanto, quem é que nunca cedeu à curiosidade? Sim, aquela que matou o gato (olha um gato preto), a curiosidade que leva a zangas. E esta zanga foi uma zanga comigo mesmo. Voltei a olhar (não faças isso...), e vi novamente o mundo sem ti (como impedir que a minha visão me perturbasse?). Naquele momento tudo me pareceu evidente, tudo foi tão explícito que eu pensava estar perante a nossa realidade, mas aquilo não passava de um sonho, certo? Acorda, era o que eu pensava, mas os meus olhos viam o que queriam, o que lhes interessava, isto já te deve ter acontecido, não? Sim, tenho a certeza que sim, mas penso que nunca deves ter visto algo assim. A sério, pudesse eu mostrar-te e não tenho dúvidas que também tu ficarias boquiaberta. Foi algo tão fantástico, perturbador e enigmático, que ainda hoje busco as palavras certas para o descrever. E posso dizer-te que desde aquele momento nunca mais te dirigi a palavra em relação a certos assuntos que entre nós continuam pendentes, pois sei que no dia em que tal acontecer, tudo será como o que eu vi, e eu não sei se seria bom ou não, só sei que não estou preparado.
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