quarta-feira, 5 de maio de 2010

Sabem o que descobri? No fundo descobri o que já muitos sabiam: a indústria do tabaco é a que melhor se encontra apetrechada no que a marketing diz respeito. Parece que nem o facto de ser proibido fumar em recintos fechados (na maioria), ou o facto de terem aqueles anúncios dos males para a saúde os consegue parar. Ontem, numa tentativa de me refugiar do frio que se fazia sentir no queimódromo de Matosinhos, meti-me dentro de um iglo insuflável, que na entrada anunciava "Tabaco" e cuja temperatura ambiente rondava os 25ºC. Surpresa: o espaço era para não fumadores, mas maior surpresa: os fumadores não se interessavam com isso. Tudo o que queriam era ter maços personalizados que podiam ver num ecrã, ou simplesmente comprar um cancro do pulmão por um preço exorbitante. E o estado agradece, porque estes produtos já vêm com boas taxas de imposto.

Já agora, para quando a legalização das drogas leves, como muitos pedem? Isso sim, levaria um imposto que, muito sinceramente, penso que levaria muita gente a pedir que estas voltassem a ser ilegais (pelo menos a ver a forma como as coisas andam hoje em dia). E não venham com aquele argumento de que o álcool e o tabaco também são maus... Isso não faz com que a droga seja aceite, mas sim que se abra uma janela para que o álcool e o tabaco sejam banidos!


(certos e determinados doentes estariam isentos dos impostos sobre drogas supramencionados, como forma de se poderem utilizar alguns benefícios da utilização MODERADA de certas substâncias)


(e eu não sou contra a legalização, simplesmente não acho que seja algo importante para que se discuta nesta altura. acredito que possa haver benefícios, e que os maiores riscos sejam para quem abusa como em tudo na vida, e acredito sobretudo que caso fosse aprovada a sua utilização, a procura por parte dos jovens baixaria)

3 comentários:

D. disse...

Pois, quando o preço subisse é óbvio que muita gente ia deixar de comprar. Mas se subir muito, continua a existir mercado paralelo (como existe aliás com o tabaco e o álcool), sendo que um dos principais objectivos que eu vejo para a legalização é precisamente angariar dinheiro com impostos e terminar com o mercado paralelo. Seria uma vantagem enorme para um Estado que precisa de receitas, permitindo ainda que se pare de gastar dinheiro com o combate ao tráfico.

Jorge disse...

pois, mas a verdade é que se vires o nível a que andam os impostos mesmo para necessidades básicas, torna-se impossível não imaginar que os impostos sobre este tipo de produto sejam altíssimos. talvez mais altos que os do tabaco!

Sofia disse...

Eu acho que se fossem legalizadas, e o imposto fosse exorbitante, claro que continuaria a haver mercado paralelo, e a procura não iria decrescer. Efectivamente, sabendo que a procura destas substâncias está sempre em alta, o estado iria definitivamente fazer isso. Eu concordo, não acho que seja uma questão importante a esta altura do campeonato. Acho estranho que as pessoas adiram muito mais a uma marcha de legalização da marijuana do que a uma marcha pelos direitos dos trabalhadores. Enfim...são opções.