terça-feira, 31 de maio de 2011

E se...

E se por acaso o CDS fica à frente que PCP e BE juntos? E se por acaso o PS ganha outra vez?

São duas perguntas legítimas, mas quero deixar aqui uma opinião: o problema do PS é o Sr. Sócrates. Eu sempre defendi o que o prof. Marcelo veio dizer no domingo: se não fosse por Sócrates, o PS ganhava as eleições! E por isso é que Passos Coelho diz que o seu partido se vê obrigado a ganhar... E nesse caso, e se CDS conseguir o que muitos prevêem (subir a pique nos resultados), então teremos novamente um direito maioritário com coligação de direita...
O voto útil à esquerda não pode ser para aqui chamado nesta altura, e se houver alguém a votar em BE ou PCP só porque sim, então essa pessoa estará a voltar as costas ao país... E não, não digo isto por ter algo contra estes países, mas a verdade é que votar neles é dizer não ao acordo com as instituições externas, e um não a um acordo pré-estabelecido deste género é o mesmo que retirar Portugal da zona Euro. E retirar Portugal da zona Euro é o mesmo que afundar de tal forma que serão necessários anos e anos para levantar a nação e voltar a ter credibilidade no exterior...

2 comentários:

D. disse...

Eu vou votar BE, primeiro, porque sempre o fiz, excepto nas últimas que votei sócrates (voto útil no ps = ter remorsos for ever), e porque a ajuda externa aos nossos países vizinhos tem sido tão mais desastrosa que os resultados do país que mandou os credores irem à fava, que não vejo esse destino fatalismo como obrigatoriamente concretizável. Que se lixem as agências de ratings e os credores que estão a ganhar à custa dos ratings manipuladores e especulativos e que se lixe a Merkel. Ela que respeite cada um dos países da UE, que a UE não é dela ou da Alemanha. Acho que a Troika nos vais afundar numa miséria decadente e vai sair daqui com os bolsos cheios à nossa custa. Por isso não posso concordar contigo! Votem BE e votem PCP por amor da santa :D

Jorge disse...

A verdade é que os povos aqui do sul da europa sempre gostaram de gastar, e infelizmente tomaram-se muitas decisões erradas quanto ao que se devia ou não fazer. No entanto, a entrada na zona euro foi uma das coisas boas, e muito sinceramente vejo a ideia de abandonar a dívida e os credores como algo incorrecto. Não posso concordar com isso, pois o nosso país nunca iria sair do buraco em que iria cair, a não ser daqui a muitos anos! Também é verdade que vamos ser muito apertados com a ajuda externa, mas se calhar é mesmo o que merecemos. Talvez seja esta a forma de nos abrir os olhos, e fazer-nos ver que temos mesmo que mudar a mentalidade.