A resposta veio em silêncio. Era de tarde, e ele sentia-se bem por tê-la à sua beira.
"Estas bem? Em que pensas?"
"Que dizes?" Pergunta ela, chegando-se para ele mas sem o olhar.
"Que se passa contigo?"
"Nada, nada. Eu estou bem!", respondeu, ainda com o olhar perdido algures, um ponto que ele não alcançava, um ponto que estava na mente dela. Um problema.
"Tens a certeza? É que não parece."
"A sério, não se passa nada." Parecia perder a paciência apesar da pouca pressão do companheiro.
"Está bem, se tu o dizes!" Levantou-se e deixou-a, ainda perdida nos pensamentos que não contava a ninguém.

ELE chorou quando chegou a casa, sentindo-se inútil, sentindo que nunca entraria na sua vida.
ELA chorou quando se apercebeu que realmente precisava dele, e agora não o tinha. Chorou, pensando que nunca mais o veria.
Ambos estavam errados...
1 comentário:
Uma boa historia, Jorge, com uma mensagem ligeiramene familiar, mas muito boa :)
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