
Sim, leva-me à lua.
Dá-me o que puderes dar, dá por gosto, por prazer, nunca mo dês porque to peço.
Leva-me, vamos voar. Voemos e encontremos por esse céu os nosso pontos. Aqueles que são meus e teus, aqueles que são meus, e aqueles que são teus. Encontrando-os, olhando para ti direi:"são teus agora, trata-os bem", e esperarei que um dia me dês os teus. Não tenho pressa, porque sei que te custa, mas sei que um dia os terei. E quando esse dia chegar, serei feliz, totalmente feliz.
Leva-me à lua.
E, desse ponto alto, observemos a Terra, esse ponto minúsculo. Observemos as estrelas, aqueles pontos brilhantes, sabendo que estamos mais perto delas, sabendo que um dia seremos nós estrelas iluminando a passagem de outros que tal como nós, se encontram num estado de êxtase a que muitos chamam amor.
Não me leves à lua. Já não quero. Tenho medo afinal. Vamos antes ficar por cá. Com os dedos entrelaçados miremos o céu estrelado e aquele monumento erguido aos amantes, a Lua. Olha para ela, vê como brilha. Olha para mim, vê como brilho tendo-te ao teu lado. Já imaginaste quantos não a terão olhado antes de nós, fazendo serenatas, juras de amor eterno. Consegues imaginar?
Por isso, eu não quero ir à lua. Estou bem aqui a vê-la. Inocente e pura olhando por nós, os românticos, os amantes desta vida. É mágica, feiticeira, que como por encanto nos desperta sensações únicas e espectaculares. Tenho medo que ao pôr lá os pés, a estraguemos e ela perca o encanto, e já imaginaste o que será estar lá e não ter uma lua para olhar?
Fiquemos por cá, aproveitemos esse monumento, essa memória que tantos engrandeceram e olharam, sabendo que nunca se afastaram realmente dela, pois são esses as estrelas que nos guiam a nós.
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